POEMAS BÚDICOS
POEMA MEDITATIVO
As vezes tropeço
no coração,
sim
quase sempre tropeço
ele não
enxerga,
nem eu
as coisas. O caminho
de coisas reais
só os olhos.
O coração só pulsa
o sangue
que os olhos veem.
AGORA
Neste instante
a existência pousa, nua
a mosca, no pão
doce
no frio do balcão
entrega-se
despercebida
com sua língua
constrói o sabor da manhã:
o cheiro do café
a menta da tarde
gelada
a noite desce crua
o verde do amanhã.
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